Consoles da Xbox estão “mortos”, afirma uma das fundadoras da marca

Ex-funcionária e fundadora do Xbox critica a estratégia multiplataformas da Microsoft e afirma que o hardware Xbox está “morto”. Laura Fryer, que trabalhou no lançamento de franquias icônicas (como Gears of War), expressou preocupações em um vídeo recente sobre as parcerias da empresa com outras fabricantes de hardware — como a Asus com o Xbox ROG Ally. A executiva vê essa empreitada como um claro sinal de desistência do mercado de consoles.
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Fryer classificou a campanha “Xbox Anywhere”, que prega a maior acessibilidade dos serviços da Microsoft Gaming, como um “marketing vazio”, argumentando que dispositivos como o ROG Ally não agregam nenhum valor real à marca. Ela também questiona a falta de investimento em novos hardwares exclusivos e a dependência crescente do Game Pass como estratégia principal da gigante norte americana.
“Obviamente, como uma das fundadoras da equipe do Xbox, não estou satisfeita com a situação atual. Não gosto de ver todo o valor que ajudei a criar se esvair lentamente”, diz ela no vídeo. “Estou triste porque, da minha perspectiva, parece que o Xbox não tem mais interesse ou literalmente não consegue mais lançar hardware. Então, essa parceria [com a Asus] significa uma saída gradual e completa do mercado de hardware”.
Para Fryer, o “Xbox está morto”
Durante sua longa carreira na Microsoft, Fryer lançou diversos títulos como produtora, incluindo os jogos originais de Gears of War, além de ser diretora do Xbox Advanced Technology Group.
Após deixar a empresa no final dos anos 2000, ela foi gerente geral da WB Games Seattle e, posteriormente, da Epic Games Seattle. Certamente, com um currículo de peso desses, ela tem propriedade para questionar a nova estratégia da empresa.
A crítica da executiva surge após Microsoft firmar parcerias com AMD, Asus e Meta, levando a especulações sobre o futuro do Xbox como plataforma física.
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“Pessoalmente, acho que o hardware do Xbox está morto. O plano parece ser simplesmente levar todo mundo para o Game Pass. E sejamos claros, ele tem muito valor. Acho que pode ser por isso que decidiram cobrar US$ 80 por The Outer Worlds 2… E aqui está a questão: talvez funcione”, continuou.
Executiva também critica a falta de exclusivos no Xbox
Por fim, Fryer também destacou a ausência de planos claros para títulos inovadores que sustentem o interesse no ecossistema a longo prazo — apontando Clockwork Revolution como uma exceção isolada.
“Mas qual é o plano a longo prazo? Onde estão os novos sucessos? O que fará as pessoas se interessarem pelo Xbox daqui a 25 anos? Fiquei animada para ver Clockwork Revolution na vitrine, mas será que algo assim será suficiente? Eles têm mais?”, questionou a executiva.
Embora reconheça o potencial financeiro da estratégia atual (como relançamentos de clássicos), Fryer duvida que isso garanta relevância duradoura para a marca. Até o momento, Microsoft não se pronunciou sobre as declarações da ex-funcionária.
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Para quem ajudou a fundar o Xbox, até que as opiniões de Fryer têm bastante peso, não é mesmo? Qual a sua visão sobre o assunto? Conte para a gente nas redes sociais do Voxel!