10 melhores filmes nacionais para assistir na Netflix hoje

Do sertão árido às vielas frenéticas do Rio de Janeiro, o cinema brasileiro é um espelho multifacetado da nossa história, identidade e contradições. E se você acha que já viu de tudo, prepare-se: a Netflix reúne verdadeiras joias nacionais que vão do drama social à sátira irreverente, passando por documentários arrebatadores e clássicos que moldaram o nosso olhar. 

Nesta lista, destacamos 10 filmes brasileiros imperdíveis disponíveis na Netflix para quem quer mergulhar fundo na alma do Brasil — com todas as suas cores, dores, memórias e paixões!

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10. Homem com H (2023)

Neste filme musical irreverente e cativante, Ney Matogrosso ganha os holofotes de forma íntima e provocadora. Através de uma narrativa reveladora e bem construída, o título traça a trajetória do artista que desafiou os padrões de gênero e a censura durante a ditadura militar. Com uma estética vibrante que ecoa a ousadia do próprio Ney, Homem com H é um mergulho na arte, na rebeldia e na força transformadora da performance.

9. Que Horas Ela Volta? (2015)

O Brasil de cima e de baixo das escadas se encontra neste poderoso drama social dirigido por Anna Muylaert. Regina Casé brilha como Val, uma empregada doméstica que há anos cuida da casa de uma família rica em São Paulo. Mas tudo muda quando sua filha Jéssica chega para prestar vestibular, questionando limites invisíveis entre patrões e empregados. Com sutileza e ironia, o filme expõe desigualdades arraigadas com um olhar humano, sensível e afiado.

8. Saneamento Básico (2007)

Em uma pequena cidade do interior do sul do Brasil, moradores recebem uma verba pública para produzir um filme. Mas o tema obrigatório é, pasmem, saneamento básico. A comédia de Jorge Furtado transforma essa premissa insólita em uma sátira deliciosa sobre burocracia, cultura e criatividade popular. Misturando humor escrachado e crítica social, o longa é uma pérola divertida sobre o Brasil que improvisa, cria e segue em frente.

7. Retratos Fantasmas (2023)

Com um olhar poético e melancólico, Kleber Mendonça Filho visita o passado das salas de cinema do centro do Recife. Misturando memórias pessoais, imagens de arquivo e reflexões sobre urbanismo e cultura, o filme constrói uma espécie de “documentário afetivo” sobre a cidade e seus fantasmas. Retratos Fantasmas é uma homenagem nostálgica à magia do cinema e ao espaço coletivo que ele representa — hoje cada vez mais raro nas grandes cidades.

6. Vidas Secas (1963)

Baseado na obra-prima de Graciliano Ramos, esse clássico do cinema novo brasileiro é uma ode à resistência em meio à miséria. Através de imagens secas como o sertão que retrata, o diretor Nelson Pereira dos Santos narra a jornada de uma família que atravessa a aridez nordestina em busca de sobrevivência. Com pouquíssimos diálogos e muita expressividade visual, Vidas Secas é um retrato duro, mas profundamente humano, da fome e da esperança.

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5. Rio 40 Graus (1955)

Antes de Cidade de Deus, já havia um olhar crítico e vibrante sobre as favelas e o calor humano do Rio de Janeiro. Rio 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos, costura pequenas histórias urbanas em um único domingo carioca, revelando tensões sociais, desigualdade e cotidiano com realismo surpreendente para sua época. O filme é um marco do cinema engajado, onde a cidade é personagem viva, pulsante e contraditória.

4. Holocausto Brasileiro (2016)

Neste impactante documentário baseado no livro de Daniela Arbex, o horror não está na ficção, mas em um passado real e cruel. O filme investiga os crimes cometidos no Hospital Colônia de Barbacena, onde milhares de pessoas foram internadas sem diagnóstico e morreram em condições desumanas. Com depoimentos chocantes e imagens que doem na alma, Holocausto Brasileiro expõe um capítulo sombrio da história nacional — e nos obriga a encarar a negligência institucional.

3. O Som ao Redor (2012)

Mais do que o som da cidade, Kleber Mendonça Filho nos entrega os ruídos da tensão social. Em um bairro de classe média no Recife, a chegada de uma empresa de segurança particular revela os medos, os conflitos e os traumas de uma sociedade ainda marcada pelo autoritarismo. Misturando drama e suspense de forma sutil, O Som ao Redor é uma radiografia inteligente do Brasil contemporâneo, onde o passado colonial ainda sussurra — ou grita — em cada esquina.

2. Central do Brasil (1998)

Em uma das atuações mais comoventes do cinema brasileiro, Fernanda Montenegro vive Dora, uma ex-professora solitária que escreve cartas para analfabetos na estação Central do Brasil. Quando uma de suas clientes morre tragicamente, Dora embarca com o filho da mulher numa jornada pelo interior nordestino. Dirigido por Walter Salles, o filme emociona pela delicadeza com que trata a empatia, o afeto e a busca por pertencimento — e marcou presença no Oscar com razão.

1. Cidade de Deus (2002)

Explosivo, vibrante e cruel, Cidade de Deus é mais que um filme: é uma aula de linguagem cinematográfica e denúncia social. Através do olhar de Buscapé, acompanhamos a ascensão do crime organizado nas favelas do Rio de Janeiro entre as décadas de 60 e 80. Dirigido por Fernando Meirelles e Kátia Lund, o longa chocou o mundo com seu realismo feroz e sua narrativa frenética. Um clássico moderno que continua atual — e necessário.

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