Twin Peaks: 8 mistérios não resolvidos da cidade mais estranha da TV

Quando Twin Peaks estreou em 1990, o mundo da televisão jamais havia visto algo parecido. O suspense sombrio envolvendo a morte de Laura Palmer, o clima onírico da pequena cidade e a direção ousada de David Lynch marcaram uma geração.
Mas se o mistério inicial parecia prometer respostas, o que a série entregou — especialmente em sua terceira temporada, The Return (2017) — foi uma jornada ainda mais enigmática. Algumas perguntas foram deixadas no ar de propósito, como parte da atmosfera surreal que tanto define a obra. Outras, talvez, jamais tenham sido pensadas para serem respondidas.
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Nesta lista, revisitamos oito dos maiores mistérios que Twin Peaks deixou em aberto. Sgredos que continuam a intrigar fãs, alimentar teorias e, quem sabe, abrir caminho para um eventual novo capítulo!
8. Twin Peaks está presa em um loop temporal?
Desde seus primeiros episódios, Twin Peaks flertava com a ideia de que o tempo não é linear dentro daquele universo peculiar. Mas foi na terceira temporada que isso se intensificou: alguns personagens parecem reviver arcos narrativos de forma quase cíclica, como se estivessem condenados a repetir os mesmos passos — só que com um cansaço evidente, como Ed e Norma.
A própria montagem de cenas traz momentos repetidos, como se o tempo estivesse se dobrando sobre si mesmo. Estaria a cidade presa em um ciclo infinito de dor, culpa e tentativa de redenção? A pergunta ainda paira no ar, sem confirmação.
7. O que aconteceu com Josie Packard?
Josie foi uma das personagens mais enigmáticas das primeiras temporadas. Envolvida em esquemas obscuros, assassinatos e traições, sua presença na série era marcada por um constante clima de suspeita. No entanto, sua saída foi tão estranha quanto sua trajetória: desapareceu no quarto do Great Northern Hotel e, ao que tudo indica, ficou aprisionada… em um puxador de cômoda. Sim, literalmente.
A terceira temporada sequer mencionou seu nome, deixando em aberto se Josie está viva, morta ou presa em algum plano sobrenatural. Com tantas tramas entrelaçadas pelo além, ela ainda pode ter um papel crucial que ninguém imaginava.
6. Onde está Audrey Horne?
O retorno de Audrey era um dos mais aguardados da nova temporada de Twin Peaks, especialmente após seu destino ficar em suspenso no final da série original. Quando ela finalmente aparece, a sensação é desconcertante: aquela não parece a Audrey de antes. Ela está emocionalmente instável, trancada em casa, aparentemente conversando com um marido abusivo ou um terapeuta, e vivendo em um ambiente que parece simular a realidade.
A teoria mais aceita é que Audrey esteja presa em uma realidade paralela, talvez em uma espécie de prisão mental ou até em uma simulação criada por forças maiores. Mas o mistério continua intacto.
5. Sarah Palmer é apenas humana?
Se Laura Palmer sempre foi o centro das atenções, sua mãe Sarah permaneceu uma figura silenciosa, porém perturbadora. Na terceira temporada, porém, ela assume um papel mais assustador. Além de demonstrar poderes sobrenaturais — como tirar o próprio rosto para revelar um vazio cheio de trevas —, um episódio ambientado nos anos 1950 sugere que ela pode ter sido “invadida” ainda criança por uma criatura de outro plano.
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Isso reescreve tudo o que sabíamos sobre a personagem: talvez Sarah tenha sido o canal que permitiu que o mal se infiltrasse na Terra. Mas será ela uma vítima, uma agente ou algo ainda mais complexo?
4. Quem (ou o que) é Laura Palmer?
Laura foi apresentada como uma jovem cheia de segredos, vítima de um crime brutal. Mas com o passar das temporadas, torna-se evidente que sua existência vai além do plano terreno. A conexão com entidades como The Fireman e The Experiment levanta a hipótese de que Laura não seja apenas uma vítima, mas uma entidade de luz criada para combater a escuridão representada por Judy e outras forças malignas.
Sua icônica frase “às vezes meus braços se dobram para trás” parece se conectar diretamente com o monstro The Experiment, sugerindo uma dualidade perturbadora. Laura seria, então, humana e divina ao mesmo tempo?
3. Quem é Judy?
Judy (ou Jowday) é o nome mais temido do universo de Twin Peaks. Mencionada brevemente por David Bowie no filme Fire Walk With Me, Judy parece ser uma entidade de pura maldade, associada ao caos e à dor. A terceira temporada aprofunda a lenda, com referências diretas à luta entre luz e escuridão, sugerindo que Judy pode ser a responsável pelo desequilíbrio entre os mundos.
Mas ainda não sabemos o que ela é, de onde veio ou quais são seus verdadeiros objetivos. A simples menção de seu nome gera pavor — o que torna ainda mais urgente entender seu papel no universo da série.
2. Em que ano estamos?
A última frase da terceira temporada da série é pronunciada por Dale Cooper: “What year is this?” (Que ano é este?). Essa pergunta ecoa como um grito de desespero de quem perdeu qualquer ponto de referência na realidade. Após cruzar para uma dimensão alternativa onde Laura Palmer aparentemente nunca morreu, Cooper se vê diante de uma nova realidade em que o tempo não obedece às regras conhecidas.
A questão sugere que não estamos mais no mesmo universo, e que Twin Peaks talvez nunca tenha existido em uma linha temporal comum. A dúvida não é apenas temporal — é existencial.
1. Laura Palmer pode ser salva?
A tentativa de Dale Cooper de salvar Laura, voltando no tempo para impedir seu assassinato, é uma das cenas mais emocionantes e frustrantes da série. Por um momento, parece que ele conseguiu.
Mas a alegria é efêmera: Laura desaparece misteriosamente, e Cooper se vê em uma realidade distorcida onde nada faz sentido. A pergunta central da série volta com força: será que Laura pode ser salva, ou está destinada a ser a mártir eterna em um ciclo sem fim? Talvez salvar Laura seja o próprio objetivo do universo, uma tarefa impossível que deve ser repetida para sempre.
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Twin Peaks não é sobre respostas fáceis — é sobre sentimentos, atmosferas e enigmas que desafiam a lógica. E talvez, no fim, isso seja o mais fascinante da série: o fato de que, mesmo depois de tanto tempo, ainda estamos tentando entender seus segredos. Quem sabe, em algum lugar do tempo (ou fora dele), essas respostas estejam esperando por nós.
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